O nosso trabalho “ESCADINHAS DE HOJE”, é uma retrospetiva das escadinhas do tempo das nossas avós. Fala-nos do nosso património cultural e religioso que ao longo dos anos o povo madeirense preservou. Em Câmara de Lobos fala-se (segundo a avó do Eduardo e a avó da Inês), que o tradicional presépio das escadinhas é um pequeno altar colocado sobre uma mesa. Este pequeno presépio pretende imitar o altar-mor das igrejas, e teve origem nas terras algarvias e alentejanas e terá sido introduzido(a) na nossa Ilha pelos primeiros colonos. A mesa é coberta por uma colcha vermelha, sobre a qual é estendida uma toalha branca com renda. O altar era feito com três ou cinco degraus em madeira e era forrado com papel. No cimo das escadas coloca-se o Menino Jesus em pé, apenas no dia de Natal. À sua volta colocava-se um arco com flores feitas em papel, ornamentado também com ramos de “alegra campo”, um arbusto da Ilha da Madeira. Formavam-se assim os ARQUINHOS DO MENINO JESUS. Pelas escadarias eram colocadas searinhas, tangerinas, peros vermelhos pequeninos, ouriços com algumas castanhas, nozes, cabrinhas (fetos) e também faziam um rosário com castanhas. As searinhas eram colocadas em água no dia 8 de Dezembro e depois dos rebentos despontarem, colocava-se em cantarinhos. Na primeira missa do parto (16 de Dezembro), as searinhas eram postas nas escadinhas No centro era colocada uma lamparina, que era uma tacinha de vidro com água e azeite e um pavio para arder. Também colocavam-se ao lado do Menino, dois castiçais. Os “brindeiros” que são pequenos pães feitos para as crianças, também tinham o seu lugar nas escadinhas.
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